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ESTRATÉGIA

Melhore sua empresa com Design Thinking

Design Thinking – Sempre que falamos sobre a melhoria das empresas em seus processos, imediatamente ligamos essa ideia com a complexidade de metodologias que necessitam de grandes esforços das instituições e que trazem poucos retornos, tanto em questões de alinhamento interno quanto de ganhos financeiros. Muitas destas expectativas estão ligadas à fórmulas mágicas que prometem sucesso imediato, mas que não funcionam quando colocadas em prática.

Apesar de existirem diversos métodos que são difundidos, poucos são tão eficazes como o Design Thinking, que se apresenta não como uma metodologia, mas como uma abordagem que busca solucionar problemas, através do pensamento colaborativo de todas as partes envolvidas no processo, seja ele para uma melhoria interna da empresa, o lançamento de um novo produto, manutenção de serviços etc.

O Design Thinking se apoia na mesma linha de raciocínio que designers utilizam para solucionar seus problemas na parte criativa, seguindo caminhos que são comuns para estes profissionais. O processo procura mapear e mesclar a experiência cultural, a visão de mundo e os processos existentes na vida de todos os que estão envolvidos na criação de algo, com o intuito de obter uma visão mais completa para solucionar problemas e, desse jeito, identificar obstáculos e criar alternativas viáveis para superá-los.

Todo esse processo visa entender melhor as partes envolvidas desde a criação de um produto ou serviço, até o seu consumo, além de satisfazer o cliente, algo que só poderá ser alcançado quando houver um conhecimento profundo de suas necessidades, desejos e percepções de mundo.

Para isso, o Design Thinking mantém alguns passos a serem seguidos, uma espécie de roteiro que ajuda a extrair o melhor possível da  ideia. Mas lembre-se: os passos são apenas uma maneira de organizar melhor o trabalho, para potencializar as possibilidades criativas da empresa.  

Abaixo, elencamos os passos que compõem a abordagem do Design Thinking:

1- Imersão

Nesta primeira fase, a ideia é entender sobre todo o processo que pretende-se trabalhar. É aqui que identificamos possíveis problemas, definimos objetivos e limites do projeto. É preciso também conhecer o ambiente interno e externo da empresa, como seus pontos fortes e fracos, suas oportunidades e ameaças, as condições econômicas atuais, análise do público através de pesquisas de mercado, etc.

A fase de imersão procura realmente se aprofundar na ideia que será criada e é a parte do processo em que muita informação é gerada, podendo ser usada posteriormente nas etapas seguintes do Design Thinking.

2- Análise e Síntese

Como a fase anterior recolhe uma grande quantidade de informações, é preciso agora entender os dados levantados e julgar o que será ou não útil para a continuidade do projeto. É fundamental que a ideias sejam separadas de forma lógica e racional, identificando padrões e sendo categorizadas o que ajuda a enxergar melhor as questões e, possivelmente, encontrar novas respostas.

Uma ótima maneira de melhorar o aproveitamento desta fase é representar os dados a serem analisados, em mapas e gráficos, o que ajuda a visualizar melhor os problemas apresentados.

É a partir daqui então, que o projeto começa a se formar, com a definição da persona e uma linha lógica de trabalho.

3- Ideação

A partir desta etapa, a equipe de trabalho começa a pensar em soluções que possam resolver os problemas encontrados na fase anterior. Porém, aqui é preciso entender que nenhuma solução é ideal e o legal é considerar todas as que foram encontradas.

Para que as soluções apareçam, é preciso usar métodos que estimulem a criatividade do pessoal envolvido e, para que eles se sintam à vontade para apresentar ideias mais ousadas, não pode haver julgamento de valores. A equipe precisa estar livre para experimentar e cometer erros, justamente porque o medo da  falha é um agente inibidor da criatividade e inovação.

Vale ressaltar que o intuito não é estimular o erro, mas sim gerar várias possibilidades, a fim de encontrar soluções que realmente atendam as expectativas de todos.

4- Prototipação

Diversas pesquisas no Brasil e em todo o mundo apontam que grande parte das empresas, produtos ou serviços lançados no mercado, acabam falhando. No Estados Unidos, por exemplo, apenas 4% dos novos produtos obtém sucesso. E isso não se dá por conta de negligência dos empreendedores. Muitas vezes, os recursos permitem que apenas um resultado de uma ideia seja testado na prática.

Dentro do Design Thinking, isso é extinto. Ponto forte do processo, a fase de Prototipação consiste em desenvolver uma versão simples do produto, produzida rapidamente, sem gastar muitos recursos, em um período de testes. Esta versão simplificada, chamada de Mínimo Produto Viável (sigla MPV), serve para testar como o produto se comporta na prática e se realmente atende as necessidades do consumidor final.

O intuito é fazer um acompanhamento próximo de como se comporta o produto ou serviço criado, colhendo insights sobre o que funcionou e o que deve ser corrigido.

5- Implementação Final

A intenção do MPV é chegar até a essência da solução, obtendo respostas positivas ou negativas, último caso este que custaria mais caso o produto fosse lançado diretamente em sua forma final.

Então, caso a ideia seja validada, é iniciada a fase final, a de implementação. Aqui, os ajustes encontrados são feitos, para que o produto finalmente seja lançado para o consumidor final. Apesar de ser a última fase do processo, é preciso apostar sempre no aperfeiçoamento contínuo da empresa, encontrando as fraquezas e oportunidades de cada projeto a ser desenvolvido.

A proposta do Design Thinking, num todo, procura promover a empatia e o entendimento holístico por parte da  empresa, para com o seu consumidor final. Além disso, pretende atrair os colaboradores envolvidos nos processos, procurando novas oportunidades para que as soluções sejam resolvidas da melhor forma possível.

Neste processo fica cada vez mais claro que é preciso adaptar-se às condições atuais, principalmente pensando que o mercado muda constantemente. Portanto, é necessário ter dentro da empresa uma grande capacidade de adaptação e procurar, sempre, se reinventar.